2011: o ano sem água nas torneiras

Data: 21/12/2011 | Hora: 13:03 | Por: Leonardo Rodrigo


A questão que mais deu dor de cabeça para os morenenses em 2011 foi sem dúvida a questão da água. Os constantes problemas de abastecimento na cidade foi tema de várias discussões na internet, nas ruas e inclusive na Câmara Municipal. O problema é velho, mas a solução definitiva só deve sair com a construção da barragem no Engenho Pereira, que se encontra em fase de licitação.

Enquanto a solução não chega, algumas localidades sofrem com as torneiras vazias. Há informações de locais que não chega água a uma semana, ou mais. Como é o caso do João Paulo II. Moradores da Rua da Barreira e Rua do Campo penam com o problema, pois para ter o líquido só indo buscar com baldes em poços e riachos que passam relativamente distante da comunidade.

No bairro Nossa Senhora de Fátima a situação também não é diferente. O morador Henrique Gonçalves informa que no local a água chegou pela última vez há oito dias. A revolta maior dele e de seus vizinhos é que a Compesa não dá a menor satisfação aos seus clientes. Ele ainda desabafa “Infelizmente não é tomada uma decisão definitiva sobre a tão famosa falta de água em Moreno”

A explicação oficial da Companhia sobre o problema da cidade é que a barragem, construída na década de 70, não suporta mais a demanda. Nos últimos quarenta anos a população mais que dobrou. Quando foi projetada, Moreno tinha aproximadamente 24 mil habitantes. Hoje, segundo Censo 2010, somos pouco mais de 55 mil morenenses.

Anunciada em setembro, a nova barragem, que será construída no Engenho Pereira, já esta em licitação. Segundo o cronograma anunciado pelo governo do estado, a obra deve ser concluída no primeiro semestre de 2013. Com isso, Moreno deve ser livrar, além do racionamento, das enchentes do Rio Jaboatão, pois a barragem também será de contenção.

A Compesa também deve rever as tubulações que abastecem a cidade, pois elas são tão antigas quanto a atual barragem. E com o possível aumento de oferta de água, poderemos ver aqui o que vemos no Recife com os estouros dos canos por conta do aumento da pressão de Pirapama.
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