Eleições 2012: mudança ética deve partir dos eleitores

Data: 30/01/2012 | Hora: 23:19 | Por: Paulo César - Blog A Centelha


Sempre acompanho o blog de Paulo César, mas o texto abaixo achei interessante compartilhar com os internautas aqui do site. Espero que ele não se importe com a reprodução.

Em todas as eleições de Moreno (PE) fala-se muito em ética. Nas ruas e em todos os lugares há um questionamento se essa ou aquela atitude foi verdadeiramente ética.

Mas até que ponto é possível classificar alguém como “ético” ou não? As pessoas sabem o que é ética? Será que nossos candidatos a prefeito em 2012 são éticos?

A palavra ética vem do grego “ethos”, que significa o modo de ser, o caráter de cada indivíduo. Os romanos classificam como costume, hábito. Para eles, ninguém nasce sabendo ser “ético”. É um comportamento adquirido por meio do convívio com outras pessoas.

Quando se discute falta de ética, uma das primeiras imagens que vem à cabeça da maioria da população é a de um político. Isso porque as denúncias de corrupção e desvios de dinheiro em benefício próprio, vêm sendo mostradas e denunciadas cda vez mais pelo próprio Ministério Público, como já aconteceu várias vezes aqui em Moreno.

Vemos políticos que utilizam da posição de poder para favorecimento próprio e do seu grupo. Também vemos parlamentar que trocam várias vezes de partido. Isso são exemplos de falta de ética.

As causas dessa situação está no eleitor. A pessoa tem que escolher o candidato e cobrar depois. Não basta só exercer o direito, ela tem que exigir uma postura do representante, pois a falta de ética existe em todas as profissões.

Não podemos generalizar. Também existem políticos éticos. Mas o fato de se difundir a idéia de que todos os políticos são iguais, acaba protegendo quem é corrupto porque não há uma diferenciação.

A falta de ética é mais marcante na política porque há uma disputa entre interesses individuais e coletivos. O dinheiro que deveria ser utilizado a favor da população acaba indo, muitas vezes, para o bolso do político.

Se um grupo tem muito poder e abusa das facilidades que ele proporciona, a tendência é começar a defender interesses particulares. A questão da ética merece muitas discussões no mundo atual. Se todo mundo agisse corretamente, as pessoas não precisariam ficar discutindo o que é certo e o que é errado.

A sociedade precisa construir uma noção do que é o bem para todos e educar as pessoas para viver isso. A banalização da ética no meio político traz conseqüências graves para os eleitores. Muitas pessoas até deixam de votar porque acham que todos os políticos são corruptos.

A democracia precisa do voto. Afinal, vence a maioria. Se o eleitor não vota ou vota nulo, ele deixa o outro escolher e, o outro, às vezes, pode escolher mal. As pessoas pensam: "já que ninguém presta, vou acabar votando em quem me paga mais". Surge uma relação de troca baseada no individualismo.

O que fica notável é que muitos anos se passam, e a imagem dos políticos pouco se altera. Essa questão está relacionada à conduta individual do político. É preciso que esse parlamentar saiba o que deve fazer com o dinheiro público.

Além disso, é importante que se estreitem os mecanismos de controle e que haja tranparência para que os culpados sejam punidos. A mudança tem que partir dos eleitores. Temos que nos informar o máximo possível sobre o candidato. Sem informação, a população pode ser facilmente manipulada.

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