Margens de rio amanheceu cheia de isopor

Data: 27/10/2008 | Hora: 13:23 | Por: Leonardo Rodrigo


A paisagem do já poluído Rio Jaboatão foi alterada na manhã desta segunda-feira, 27/10. Na altura da PE-07, no chamado Veludo, as margens do rio estavam tomadas por pedaços de isopor, alguns deles poderiam ser considerados grandes blocos. Pelo curso do rio, o produto foi jogado no rio antes do início da área urbana de Moreno.

Apesar de não poluir diretamente a água, o grande problema do isopor quando é jogado em rios e mares é a ingestão por parte de peixes e cetáceos, que confudem os pequenos pedaços do produtos com organismos marinhos, o que pode levá-los à morte.

Apesar da praticidade, o isopor é de difícil reciclagem e por isso provoca grande dano ao meio ambiente. Um dos problemas do produto é sua composição: 98% de ar e 2% de plástico. Isso quer dizer que, quando derretido, o volume final do isopor cai para 10% do que foi coletado. Por essa razão, a maioria das cooperativas e empresas do setor de reciclagem sequer aceita doações, ao menos de pequenas quantidades do produto. E muito menos se dispõem a coletá-lo, já que, devido à sua baixa densidade, ele ocupa muito volume, o que encarece seu transporte e, conseqüentemente, a sua reciclagem, exigindo quantidades muito grandes para se viabilizar economicamente o processo como um todo.

Quando não vai para reciclagem o isopor pode provocar diversos prejuízos. Se for destinado ao lixo, pode levar, conforme estimativas, 150 anos para se decompor. Nos aterros sanitários, além de ocupar muito espaço e saturar com mais rapidez as áreas destinadas ao lixo, o que exige grandes investimentos públicos para a construção de novos aterros, a compactação causada pelos restos de isopor prejudica a decomposição de materiais biodegradáveis. E se for para lixões, estará deixando seu rastro no ambiente por um longo período de tempo.

Por fim, se for queimado, o isopor libera gás carbônico contribuindo, portanto, para a poluição do ar e para o aquecimento global.

Fonte:http://aprendiz.uol.com.br/content/lephidudis.mmp

Leonardo Rodrigo, leoecia.com - 1998/2024. © Todos os direitos reservados.